Animal foi encaminhado para Centro de Conservação em Viçosa (MG)
Sagui-da-serra-escuro durante tratamento – Foto: Maria Fernanda Araujo Ferreira
Em abril deste ano, uma sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) foi encontrada pela equipe da EPR Sul de Minas, com ferimentos causados por um atropelamento, na MG-173, próxima da cidade de Paraisópolis. Após ser resgatada, foi encaminhada ao Centro de Estudos e Medicina de Animais Silvestres (CEMAS), localizado no Centro Veterinário da PUC Minas Poços de Caldas, onde recebeu tratamento de urgência.
Apelidada de Martinha pelos médicos veterinários que cuidaram dela, a sagui sofreu diversas fraturas pelo corpo, incluindo um na pelve que a impossibilita de parir filhotes de forma natural, o que acabou definindo seu destino para um Centro de Conservação localizado na cidade de Viçosa (MG), para que seja utilizada para estudos comportamentais da espécie.
A professora, Erika Fruhvald, explicou que o processo de recuperação durou 6 meses, com a liberação para o Centro de Conservação acontecendo no dia 22 de outubro, “ela chegou com desconforto evidente por dor então basicamente fizemos manejo da dor e alimentação hipercalórica para manter o score corporal durante esse período.”
Ainda de acordo com a professora, o sagui-da-serra-escuro é uma espécie ameaçada de extinção devido a perda de habitat, “é uma espécie que só ocorre no bioma de Mata Atlântica e isso o torna vulnerável a qualquer modificação natural ou antrópica desse ambiente natural. Ela foi destinada para um mantenedouro conservacionista que estuda essa espécie para mitigar essas ameaças e restaurar sua população.”, explicou a médica veterinária.
Martinha durante sua estadia no Centro Veterinário da PUC Minas Poços de Caldas – Foto: Emanuelly Corrêa Ribeiro
Sobre o Centro Veterinário
Além de ter auxiliado na recuperação de Martinha, o Centro Veterinário da PUC Minas Poços de Caldas atende animais domésticos, como cães e gatos, oferecendo uma ampla gama de serviços, como consultas, vacinação, cirurgias, internações, diagnóstico por imagem e exames laboratoriais. O atendimento é realizado por uma equipe formada por médicos-veterinários, com o apoio de professores e estudantes do Curso de Medicina Veterinária. Em 2024, foram realizados mais de 1400 atendimentos clínicos para animais de pequeno e grande porte.
Referência na região para cuidados de animais silvestres resgatados pela Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros e outras organizações, estão em tratamento atualmente 12 animais, sendo eles dois periquitos de encontro amarelo (Brotogeris tiriri), um tucano (Ramphastos toco), dois carcarás (Carcara plancus), dois teiús (Tupinambis sp.), três jandaias (Aratinga auricapillus), uma maritaca (Psittacara leucophthalmus), um gambá (Didelphis sp.) e um frango-d'água-azul (Porphyrio martinica).
Confira fotos de algumas das aves que estão sendo cuidadas:








